Chat do Cantinho do Poeta

domingo, 11 de janeiro de 2015

Que venha a morte,que se abra o portal.

Que venha a morte,que se abra o portal,que a vida entrego agora esta vida encarnada. Vida me que foi concedida,passagem que me foi dada,para fazer o melhor aqui nesta minha estada. Que venha a morte,que liberem minha volta,eu sei não é férias,nem descanso depois desta porta. É sim a minha chance,de rever todos os feitos soltar o que está no peito,chorar por uma vida torta. Ou receber as chave de portal superior,se levei uma vida de amor,sei eu soube dar valor. Eu vou de braços abertos coração aliviado,sei que muito pouco fis,mesmo assim vou feliz,por poder retornado. A vida que recebi,meu corpo íntegro entrego,por um tempo fui perdulário reconheço eu não nego. Mas eis-me aqui de regresso,pecador assumido confesso,mas fiel depositário,como recebi entrego. Meu corpo quase inteiro,meus olhos mantendo a visão,minha boca ainda fala está boa minha audição. Não mutilei meu corpo,não tatuei minha pele,consegui passar pela vida,com pouca alteração. Minha alma minha mente,o meu ser não sei avaliar,mas acho que aprendeu o que pode assimilar. Tão pequeno quanto cheguei retorno ao infinito,levando em meu silencio a retumbância de um grito. Lembrança dos prazeres,aroma de todas as flores,suavidade da prece e o sabor dos amores. Que venha enfim a morte,senhora de de nosso destino acolhedora de velhos,jovens adultos e meninos. Eu é chegada a hora,sinto a alma tocada,o meu corpo envelhecido,eu ouço o soar dos sinos. Medo?Não...Não tenho medo,mas um gostoso sentimento,talvez porque tenha vivido sem medo deste momento. Volto para casa,para o mundo espiritual,deixo tudo que aqui recebi,sem apego,com tranquilidade. Das pessoas que amo,sim sentirei saudades,mas nem sei o que poderei,o que me será permitido. Não adianta fazer promessas,garantir o que não conheço só posso dizer que onde estiver minha luz eu ofereço. Isso está aqui,dentro de mim em eu ser,é o que posso garantir,que irei oferecer. Enfim que venha a morte,que se abra o portal... Celio Rheis

sábado, 10 de janeiro de 2015

Assuma os comandos

Ei você que passa pela vida tão sem graça,vida tão despercebida,o que faz de sua vida?Será que este vivendo?Ou a cada minuto morrendo? Você que não vê o sol brilhar,mas quando a chuva cai,sabe reclamar, você que não lembra de sorrir,prefere se entristecer e muitas vezes chorar,esta desperdiçando a vida,faça-a brilhar. Levante,sorria ainda que não veja a magia,sorria e vai assim plasmar a alegria,sentirá que a vida é eterna fantasia,séculos e séculos você progrediu,porque em horas, dias você se retraiu?Levante recupere o tempo de vida que passou e você nem viu. Sabe aquele sonho?Aquela idéia escondida?Saia execute mostre que você esta no comando de sua vida, sabe a vida é como uma astronave, não que viaje o infinito espaço,mas o tempo,a trajetória de evolução,e os comandos deste veiculo estão todos em suas mãos. Seja alerta para não perder a direção,trace a rota de acordo com seu coração,ele é seu navegador e sua linguagem é o amor. Não se perca,nas armadilhas encontradas no caminho,seja amável,trate todos sua volta com amor e carinho,sentira vibrar o amor,a mais linda energia,viverá uma realidade temperada com magia. Vamos não passe pela vida,viva a vida,faça valer a vida. Celio Rheis

domingo, 4 de janeiro de 2015

Me empresta o piruzinho?

As coisas que me acontecem ás vezes parecem feitas por encomenda ou ensaiadas para me surpreender. Certa vez na cidade de Joinville SC quando eu fazia uma instalação de um sistema wi-fi na casa de uma cliente,descobri que não dava para instalar o aparelho no quarto dela como queria. Aṕos fazer todos os testes na tubulação,tentar com a guia passa-fio de um lado para outro constatei que só conseguiria entrar com o cabo de rede até a sala dela,ela achava que feria a estica de seu ambiente social. Mas quando ela percebia tanto esforço,eu disse: _ não vai dar para ir até o quarto só poderei deixar o aparelho aqui na sala. Ela me responde: _Pois agora.Não entendi a expressão,repeti:_Não vai dar para instalar no quarto. Ela repete:_Pois agora. Depois de umas três repetições desta frase,compreendi que "pois agora"na linguagem local deveria significar "fazer o que",desta forma me autorizando fazer o serviço como era possível. Ontem aqui na minha rua,uma vizinha olha para mi lá de seu portão que fica umas três casas abaixo e grita: _Voce tem um piruzinho ai para me emprestar? Pensei rápido,meu Deus e agora?O que é piruzinho?Tenho o não tenho? Antes mesmo de descobrir o que era o tal piruzinho,eu respondi com a cabeça negativamente,nem quis saber do que se tratava. Depois de algum tempo,foi que lembrei que já havia ouvido alguem falar isso,rebobinei a fita de meu cérebro e lembrei que piruzinho é carrinho de mão,carriola. É isso são expressões que fazem rica nossa lingua Portuguesa Brasileira,tenho certeza que por este nosso país continental,chamado Brasil existem inúmeras expressões diferente de um estado para outro. Assim com a erva de Santa Maria que conhecemos no sul e sudeste,lá para o nordeste e norte a chamam de mastruz,nome parecido com nosso mentruz que é uma planta totalmente diferente. Celio Rheis

sábado, 3 de janeiro de 2015

Aquele sete de setembro..

Naquele sete de setembro,uma tristeza imensa tomou conta do coração e da alma daquele garoto,vamos chamá-lo apenas assim "o garoto" Na semana que antecedeu as festividades daquele sete de setembro,foi feita toda a preparação,ensaios,confecção dos bastonetes com os quais se daria o ritmo. O garoto,todo entusiasmado,participando ativamente,ele era um deste alunos cujos pais não podiam comprara materiais,roupas,brinquedos,mas ele se contentava com pouco,aquela preparação das festividades estavam sendo extasiantes. Os ensaios foram realizados,de forma que nada deveria dar errado para a escola,para as festividades porque para ele nada garantia isso. Ele era um dos garotos mais pobre da classe,recebia de uma tal caixa escolar seus materiais bem minguados,ele via as pastas de seus colegas cheias de materiais bonitos,cadernos,lápis,canetas,mas ele não podia ter. No dia sete de setembro,ele chegou na hora combinada para que todos chegassem, esperaram chegar o momento de se formarem em fila para iniciar então o tal desfile. Qual não foi a surpresa do garoto por estar sem a camisa do uniforme,foi impedido de desfilar,ele não entendia porque não poderia,era apenas uma camisa. Passou o desfile inteiro á sua frente enquanto suas lágrimas desciam,foram algumas horas,uma,duas,ele não sabe dizer,mas parecia eternidade,vendo aquele desfile sem poder estar participando. Ele nem sequer se lembra se assistiu até o fim,ele via cara toda feliz dos colegas desfilando e sentia vontade de estar também ali. Passou o tempo dias meses,o garoto saiu da escola ainda na quarta série,pois já havia perdido tempo demais para chegar até ali. O garoto que nunca havia sido reprovado no entanto estava com quatorze anos e na quarta serie concluída claro,havia sido promovido á quinta,poderia fazer o ginasial,mas já era meio velho. Este atraso escolar se deu pelo fato de que morava na área rural até aos onze anos e sempre antes dos exames finais seu pai mudava de lugar,fazenda,escola e não se conseguia concluir o ano escolar. Por seu trauma do sete de setembro,por se sentir envergonhado naquela idade no meio dos pequenos e talvez o sonho do primeiro emprego,lá se vai o garoto,sai da escola e procura trabalho. O tempo passou novamente,agora os anos,décadas,o garoto,voltou a estudar,mas nunca mais esqueceu daquele sete de setembro. Celio Rheis

Mineirinho e a Malouqueirinha

Mineirinho era um garoto,deste chegado de Minas Gerais,apesar de já haver vários anos ele ainda mantem seu tipo caipira,autentico mineiro,daqueles que falam uai sem preocupação,come tutú, pão de queijo com prazer. Mas mineirinho vive na capital paulista anos setenta,quando em seu bairro ainda existem muitos terrenos baldios,onde se pode brincar de bola,pião bolinhas,soltar pipas. È em um destes espaços que mineirinho está brincando com alguns amigos perto de sua casa,duas ou três ruas abaixo há uma favela iniciante ainda, diferente das favelas que existem hoje. Ainda são formadas pela quase maioria de pessoas,que realmente não tem onde morar,pagar aluguel?Nesta época era coisa rara apenas para quem podia,comprar terreno e construir era até um tanto quanto fácil,lá pelos cafundós. Mas voltando ao mineirinho e sua trupe,estão ali jogando bolinhas,como eram vários alguns jogavam bolinhas outros conversavam,porque neste tempo já era assim cada brinquedo em seu tempo. Tempo de pião,de bolinhas,de pipas,etc...não me lembro de outros brinquedos com tempos determinados exceto os que surgiam e sumiam como bate bag.ioiô e outros. Eis que passa uma menina,e mineirinho brinca com ela,ela corresponde a brincadeira muito educadamente de ambas as partes. Grita um dos infantes: _Olha o mineirinho,até as malouqueirinhas da favela ele conhece.Mineirinho fica sem jeito,sem saber o que fazer pois o cara é seu amigo,mas amenina é sua prima. Ele apenas diz: _É minha prima seu "jacu".(no mineirês é o mesmo que idiota),eis que o irmão da menina estava no meio da turma,portanto primo de mineirinho,mas este apenas foi bravo tirar satisfação com o moleque. Este depois de se desculpar,junto ao mineirinho e seu primo,continuou brincando normalmente,com a turma. Mas o irmão da "malouqueirinha"portanto malouquerinho também,nunca mais esqueceu aquela cena,muito provavelmente o mineirinho tenha a esquecido,pois ele não foi magoado,marcado,discriminado. O garoto de certa forma também não tinha culpa,pois ele apenas reproduzia o que ele ouvia,era assim,é assim,muita gente que não vive na favela,tem mania de chamar a quem ali mora de malouqueiro sem saber que malouqueiro é o verdadeiro brasileiro,o índio que vivem os poucos que restam em maloca. Maloca tão somente é um grande barracão coberto de palha ou capim onde se vive coletivamente,tenho certeza que aqueles a quem se tentou agredir com este termo hoje amaria a ideia de ser realmente índios,viver na selva livre até deste idiotas preconceituosos. Diga mineirinho ao seu amigo,que sua prima não é mais "malouqueira",vive em casa própria,paga impostos como ele,ela progrediu graças exclusivamente ao seu trabalho. Seu irmão também saiu da condição de favelado há muito tempo,não que isso denigra a imagem de alguém,o que denigre a imagem é a falta de caráter,ombridade,honestidade e isso existe muito mais nas mansões e palacetes do que dentro dos barracos da favela. Celio Rheis

Te procurava no céu

Te procurava no céu em meio á constelação,mas te encontrei bem perto aqui mesmo no chão. Minha estrela radiante rainha de raro brilho,coração cheio de amor que com a prole compartilho. És minha doce energia meu encantado viver,me faz ser a cada dia mais apaixonado por voce. Sua força de mulher,seu encanto de menina,só vem tornar gostosa minha vida minha sina. Não sei ver o universo já não contemplaria o infinito,sem o brilho de seus olhos e este sorriso tão bonito. Não peça meu silencio nem me impeça de gritar,aos quatro cantos do mundo que vou sempre te amar. Muitas vezes falamos o que não se deve falar outras vezes silenciamos sem que devêssemos calar,mas quem ama se comunica simplesmente pelo olhar,no ato pele com pele,no suave se tocar. Somos como as estrelas que se entrelaçam radiando,elas se enlaçam no brilho nós nos enlaçamos amando. Não me prenda com atos nem me expulse com palavra vãs,faça o amor de hoje perdurar no amanhã,mesmo que nem tudo seja flor,como aquela da romã. Te procurava no céu.. Celio rheis