Chat do Cantinho do Poeta

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Cigano de outrora

Não me peça para contar um conto, escrever uma poesia. Sem que eu possa apontar um ponto e aguçar a fantasia. Não me peça para esquecer meus medos,desvendar seus segredos. Nem que eu deixo de abrir a ferida, desta vida bandida,de enfiar o dedo. Não queira que abandone os sonhos dos versos que componho de meu afã de menino. Nem que cesse meu tilintar da alma,que não perca a calma não ouça tocar de sinos. Deixe pulsar minhas veias, sangue bombeado por este velho coração,quem sabe viver amar sentir os pulsos de uma paixão. Deixe minha pele eriçar, meu olhar brilhar,deixa o suor escorrer nas mãos. Ah!Sou eu o cigano de outrora que ao romper da aurora,levanta a barraca, arreia seu cavalo,entornando gargalo arranca a estaca. Não temas, meu amor é sereno só há braveza se o cavalo empaca. Celio Rheis

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