Chat do Cantinho do Poeta

sábado, 27 de julho de 2024

Ajuntei Meus Cacos Botei no Saco e Saí

 Um dia te encontrei num canto como uma rosa despedaçada, como um pássaro toda encharcada pela chuva, te dei um ombro, carreguei no colo dei carinho e até meu coração.Assim me transformei em seu homem, seu companheiro, seu defensor te defendia como um cão.

Tanto cuidado reciprocidade, tanto carinho e amor era trocado inicialmente, foram alguns anos de lado a lado, mão na mão para o que der e vier eu era seu homem e você minha mulher. Eu posso até dizer que foi com você que conheci um pouco de felicidade.

Mas o tempo passou e veio aquele tempo, meio sem tempo ou excesso de tempo a união aquela que havia com certa magia foi se perdendo você no seu quarto, eu no meu quarto eu não percebia que ao proteger-te e a mim eu a perdia. Foi o resultado da chamada pandemia, o poeta sua musa perdia.

Hoje aqui sozinho no meu canto resolvi escrever este conto ou poesia, que fale de nós de uma forma elegante, mas sem magia, sem rancor e sem amor, apenas uma análise fria. Eu fui importante enquanto importava, fui amante enquanto amava, mas quando perdi o encanto me jogaste num canto, tu me descartavas.

Não te julgo , não te condeno pois não tenho esta alçada, mas posso te garantir sempre te cuidei e até amei fostes de forma diferente por mim amada, não esqueço suas palavras enquanto a gente se amava, parece encantamento ou feitiço, nunca com mais ninguém já me aconteceu isso. Mas passou.

Outro dia então sem nada no olhar, nem amor ou compaixão, ouvi de sua boca o rompimento da relação, não te quero mais acabou e de uma forma cruel você tirava meu teto, minhas paredes e até meu chão. Não discuti, nada falei, mas não resisti e chorei.Talvez eu visse ali minhas forças terminadas para recomeçar.

Mas ao ver chegar o fim ajuntei meus cacos, botei no saco e saí. Fim.