Chat do Cantinho do Poeta

segunda-feira, 21 de julho de 2025

A Sanha Era a Senha

 Era uma cena por nós ensaiada, já havíamos inclusive a praticado em momentos só nossos momentos idealizados, mas aquela cena foi a que marcou nossa história foi a que mais se gravou na memória. Sua imagem sua silhueta que coisa maluca eu fazia arrepiar até os cabelos de sua nuca e você fazia tudo em mim armar, a gana a sanha e a vontade de te amar, eu tentava te deixar louca com minhas mãos e minha boca a te acariciar.

A gente não se cansava o dia acabava e a noite chegava  nem sequer as cortinas se abriam não queríamos saber se era noite ou era dia, só que o interessava ali era nossa fantasia, nosso querer nosso desejo, nosso trocar de línguas em carícias ou beijos. Voce, ora parecia um anjo enviado dos céus me aquecendo fazendo tremer mesmo não sendo inverno e por vezes parecia um anjo do mal, me fazendo enlouquecer de prazer em um transe total parecia alguém vindo do mais baixos dos infernos.

Eu me entregava inteiramente àquele amor transe de prazer total torpor, nem me importava quem você incorporava era aquela magia aquele encanto que no ar pairava só isso me interessava. Era uma fogueira ou simplesmente um jogo eu tinha o combustível e você o corpo pegando fogo tudo começava do nada e virava a coisa mais explosiva do mundo como se o prédio se incendiasse e tudo se tornava em labaredas queimando, consumindo aquela Alameda.

Dia seguinte, não sei se teve dia seguinte éramos falantes e ao mesmo temo ouvintes ficamos ali acho que por dias e noites em eterno amor em incrível açoite uma cena de amor das mais mágicas e estonteantes éramos amados e eternos amantes a sanha era a senha para que tudo virasse uma loucura apenas. Nada era proibido para nós naquele quarto de hotel é que a lua satélite poderia até brilhar lá no céu porque ali acontecia nossa linda lua de mel.


Célio Rheis

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